Em noite fria de 11 de dezembro de 2024, Central Córdoba (Santiago del Estero) conquistou seu primeiro título da Copa Argentina ao derrotar o favorito Vélez Sarsfield por 1 a 0 no Estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza.
O duelo começou às 16h10, com a primeira etapa terminando sem gols. Foi na segunda metade que Matias Godoy, atacante do Centro, abriu o placar aos 54 minutos, garantindo a vitória histórica.
Antecedentes e histórico entre as equipes
Até então, o confronto direto favorecia o Vélez Sarsfield. Nos oito embates anteriores, o clube de Buenos Aires havia vencido cinco vezes, empated duas e perdido apenas uma, somando uma diferença de gols de 15 a 5. Desde 25 de outubro de 2022, o Vélez acumulava três triunfos consecutivos sobre o Centro.
Entretanto, a campanha do Vélez na edição de 2024 da competição fora impecável: dez jogos sem derrota e cinco vitórias seguidas na Copa, recorde que superava a sequência de quatro triunfos conquistada em 2023.
Desenvolvimento da partida
O técnico Gustavo Quinteros, de 59 anos, comandava o Vélez em sua 49ª partida à frente do clube, com um índice de sucesso de 53 %. Do outro lado, Omar De Felippe, de 62, dirigia o Centro em sua 37ª partida, mantendo 41 % de aproveitamento.
O início foi marcado por poucas oportunidades e alguns lances de bola parada nas 30‑pés, mas foi na zona de defesa que o Centro encontrou a brecha que mudaria tudo. Godoy recebeu um passe rasante de Claudio Ordoñez e, com o pé esquerdo, bateu firme no canto esquerdo do goleiro Tomás Marchiori. O árbitro marcou o gol, e o estádio explodiu em comemoração.
Após o gol, o técnico Quinteros tentou reagir com alterações táticas aos 59 e 71 minutos, porém a defesa de Central, comandada por Emanuel Mammana, manteve a compactação. O duelo continuou intenso até o fim, com o juiz adicionando dois minutos de acréscimo.
"Nossa equipe mostrou coragem e disciplina nos momentos críticos. O gol do Godoy foi fruto de trabalho coletivo", declarou De Felippe nas entrevistas pós‑jogo.
Quinteros, por sua vez, reconheceu a surpresa: "Estávamos confiantes, mas o futebol tem suas surpresas. Parabéns ao Central pela postura".
Reações e análises dos especialistas
O comentarista esportivo Javier Zanetti salientou que a vitória "marca a ruptura de um padrão histórico que favorecia o Vélez há mais de uma década". Ele ainda destacou a importância da gestão de De Felippe, que, apesar de um histórico de 41 % de vitórias, soube extrair o melhor dos seus jogadores no dia decisivo.
Analistas táticos apontaram que o centroavante Godoy tem 73 % de finalizações dentro da área que terminam em gol, número que ficou ainda mais relevante nessa final.
Impactos e próximos passos
Com a conquista, Central Córdoba garante vaga na Copa Libertadores 2025, oportunidade que pode transformar a estrutura financeira do clube. A diretoria já anunciava planos de expansão do estádio local, o Estadio Padre Ernesto Martínez, para atender às exigências continentais.
Para o Vélez, a derrota interrompeu a sequência invicta e gerou questionamentos sobre a continuidade de Quinteros. Rumores de mudança na comissão técnica surgiram, mas o clube ainda não oficializou nenhuma decisão.
Curiosidades e dados da final
- Gol decisivo: 54° minuto, cobrança de dentro da área.
- Posse de bola: Central 48 %, Vélez 52 %.
- Chutes a gol: Central 6, Vélez 9.
- Cartões amarelos: 4 para o Vélez, 2 para o Central.
- Primeira Copa Argentina para o Central Córdoba desde sua fundação em 1967.
Próximos confrontos
O Vélez Sarsfield terá a chance de se redimir no Supercopa 2025, marcada para 6 de setembro, quando enfrentará novamente o Central Córdoba. Em um duelo técnico que promete muita emoção, a torcida aguarda a resposta do clube de Buenos Aires.
Perguntas Frequentes
Como a vitória afeta a classificação do Central Córdoba na Libertadores?
Ao conquistar a Copa Argentina, o Central garante uma vaga automática na fase de grupos da Libertadores 2025, o que significa mais arrecadação de TV, patrocínios e visibilidade internacional para o clube.
Qual foi o desempenho de Matias Godoy na temporada?
Godoy chegou à temporada com 12 gols em 21 jogos, sendo o artilheiro do Central na liga. O gol da final elevou seu total para 13, consolidando-o como peça chave no ataque.
O que mudarão os treinadores após a derrota?
Gustavo Quinteros ainda mantém seu cargo, mas a diretoria tem avaliado ajustes táticos e possíveis reforços no meio‑campo. De Felippe, por outro lado, recebeu elogios e deve permanecer à frente do Central.
Qual a importância histórica desse título para o futebol do norte argentino?
É a primeira Copa nacional conquistada por um clube de Santiago del Estero, o que incentiva investimentos na região e eleva o perfil dos jogadores locais, que agora têm mais visibilidade nos grandes clubes.
Quando acontecerá o próximo encontro entre as equipes?
Além do Supercopa de 2025 (6 de setembro), as equipes podem cruzar‑se novamente na fase de grupos da Libertadores caso ambas se classifiquem, garantindo mais um duelo de alto risco.
Rodolfo Nascimento
outubro 12, 2025 AT 23:22Olha só, mais uma vitória de um time de segunda divisão que ninguém esperava, mas a gente tem que admitir que o futebol tem suas regras de justiça divina :) Cada tropeço do Vélez foi consequência da sua arrogância, e o Central simplesmente aproveitou a brecha que o próprio *hubris* criou.
Júlia Rodrigues
outubro 13, 2025 AT 13:16Tá de sacanagem né esse papo de justiça divina aqui o Brasil tá aí virando de cabeça pra baixo e ainda tenta bancar moralista sem nem botar a cara no campo
Marcela Sonim
outubro 14, 2025 AT 03:09🔥 O Central mostrou que planejamento estratégico e foco tático podem derrubar gigantes. Se continuar com esse nível de disciplina, a Libertadores 2025 vai ser só festa 🎉
Raphael Mauricio
outubro 14, 2025 AT 17:02É, a emoção da final ainda ecoa aqui... aquele gol no 54º minuto foi o ponto de virada que ninguém viu chegando.
Heitor Martins
outubro 15, 2025 AT 06:56poxa vida, quem diria que o Centro ia ganhar a copa, né? kkk mas falando sério, esse título chega na hora certa pra colocar o norte da Argentina no mapa do futebol. Agora só falta o estádio ficar com wifi decente.
Anderson Rocha
outubro 15, 2025 AT 20:49Mesmo com tudo bem feito, não dá pra ignorar que o Vélez quase virou. Foi só um detalhe: a falta de paciência na segunda etapa quase nos custou a vitória.
Gustavo Manzalli
outubro 16, 2025 AT 10:42O que me impressiona é a eficiência quase cirúrgica do ataque do Godoy. A final foi um estudo de caso sobre como transformar posse em gols, algo que poucos clubes sabem fazer.
Vania Rodrigues
outubro 17, 2025 AT 00:36Claro, mas não podemos esquecer que o Vélez tem tradição, e esse revés pode ser só um tropeço temporário. Ainda prefiro o time da capital, mas reconheço o mérito do Central 😊
Pedro Grossi
outubro 17, 2025 AT 14:29A estratégia do De Felippe foi o ponto alto, ele soube equilibrar o bloqueio defensivo com transições rápidas. Proximo ano, com a Libertadores, o time tem tudo pra surpreender ainda mais.
sathira silva
outubro 18, 2025 AT 04:22E agora, imaginem a explosão de alegria quando o Central pisar em Mendoza pela primeira vez na Libertadores! Vai ser uma festa que ecoará pelos Andes.
Carolinne Reis
outubro 18, 2025 AT 18:16Mas será que esse título realmente muda alguma coisa? Afinal, enquanto o futebol do sul ainda sofre com corrupção e má gestão, celebrar um único triunfo parece... superficial, não acha?
Workshop Factor
outubro 19, 2025 AT 08:09A final da Copa Argentina 2024 entre Central Córdoba e Vélez Sarsfield não foi apenas um jogo isolado, mas sim a culminação de um processo de consolidação tática que vem sendo desenvolvido ao longo de várias temporadas. Desde o início do campeonato, o técnico Omar De Felippe demonstrou uma preferência por uma estrutura compacta no meio‑campo, privilegiando a marcação individual sobre a zona, o que confere à equipe um caráter defensivo sólido. Essa postura se refletiu claramente nas estatísticas de posse de bola, onde o Central manteve 48 % contra 52 % do Vélez, mas compensou a ligeira desvantagem com uma maior efetividade nas transições rápidas. O ponto de inflexão ocorreu exatamente aos 54 minutos, quando Matias Godoy recebeu um passe rasante de Claudio Ordoñez e finalizou com o pé esquerdo, demonstrando não só técnica, mas também timing perfeito. É importante notar que Godoy possui um índice de finalizações dentro da área de 73 %, indicando que aquele gol não foi um acidente, mas sim uma expectativa estatística baseada em seu histórico. A defesa do Central, comandada por Emanuel Mammana, adotou um bloco baixo que obrigou o Vélez a buscar o ataque nas laterais, o que acabou por expor vulnerabilidades nos flancos do adversário. A falta de criatividade de Gustavo Quinteros ao não ajustar o posicionamento dos pontas, mesmo após as substituições aos 59 e 71 minutos, evidencia uma rigidez tática que já vinha sendo criticada nos últimos jogos da equipe. Além disso, o número de cartões amarelos – quatro para o Vélez e dois para o Central – revela um jogo relativamente disciplinado, mas com momentos de tensão que o árbitro precisou controlar. Do ponto de vista psicológico, o Central chegou à final com a mentalidade de ‘underdog’, o que costuma gerar um ímpeto extra nos momentos decisivos, enquanto o Vélez carregava o fardo da expectativa, o que muitas vezes leva a lapsos de concentração. A estratégia de pressão alta nos segundos intervalos, implementada pelo treinador do Central, também contribuiu para forçar erros de posse do adversário, gerando oportunidades de contra‑ataque que foram bem aproveitadas. Não podemos ignorar ainda o impacto econômico da vitória: a vaga na Libertadores 2025 traz perspectivas de aumento de receita de TV, patrocínios e, potencialmente, investimentos na infraestrutura do Estádio Padre Ernesto Martínez. Esse fator pode criar um ciclo virtuoso de melhoria de elenco e de condições de treinamento, algo que historicamente tem sido um obstáculo para clubes de regiões menos favorecidas. Entretanto, há que se cautelar quanto à sustentabilidade do sucesso, pois a Libertadores impõe um calendário ainda mais exigente que pode revelar limitações de profundidade do plantel. O próximo confronto na Supercopa 2025 será, portanto, um teste crucial para validar se a vitória da Copa Argentina foi um evento isolado ou o prenúncio de uma nova era competitiva para o Central. Em suma, a partida demonstra que, no futebol, a combinação de disciplina tática, execução de jogadores chave e circunstâncias psicológicas pode, sim, superar diferenças de qualidade técnica percebida. A lição para os demais clubes é clara: investir em organização defensiva e em transições rápidas pode ser tão eficaz quanto contratar estrelas caras, especialmente quando se trata de copas de eliminação direta.